FAMILIA KASAI: FILHO DE KANITE E NOBUCO KASAI (MANDAGUAÇUENSE DE CORAÇÃO)
Uma das historias de sucesso gerada pelos 100 anos de imigração japonesa comemorados ano passado , em todo o País, ocorre em São José dos Pinhais, com o empresário Jorge Kasai, que vai instalar uma torrefadora de café gourmet em Tókio no Japão, em parceria com investidores da Terra do Sol Nascente. Desde que o navio Kasato Maru aportou em Santos às 17h, de 1908, tendo a bordo os 781 imigrantes japoneses provenientes do porto de Kobe, que vinham para trabalhar principalmente nas lavouras de café das cidades paulistas. Este momento representou a primeira viagem oficial de imigração do País oriental para o Brasil. Um século depois, um descendente direto de japoneses, que mora no centro de São José dos Pinhais, é um exemplo do sucesso comercial e da integração da cultura nipônica com os brasileiros e outras etnias, como polacos, italianos, espanhóis e árabes. O empresário Jorge Kasai, 56 anos, que é nissei (filho de japoneses nascidos no Japão), é natural de Adamantina, em São Paulo. Em 2003 se aposentou no Banco do Brasil, no cargo de auditor, após 31 anos de carreira, e investiu em um segmento até então apenas promissor. Como aconteceu com o mercado do vinho e da cachaça brasileira anos antes, o café, do cultivo à venda nos shopping centers, se tornou um produto com valor agregado e opções diferenciadas, denominado café gourmet. “Hoje o meu modelo de negócio não é vender apenas café, mas credibilidade, com o objetivo de elevar o padrão de qualidade do café no Paraná. Eu só vendo com a convicção de que os meus clientes serão bem sucedidos. Não é uma questão de ter muito ou pouco dinheiro, para comprar café, uma máquina de café, ou montar uma cafeteria. Recentemente acertamos a entrega de 150 máquinas para o HSBC, e não é apenas uma grande venda, mas uma relação de confiança. E desta forma a inadimplência é muito pequena, onde não temos a obsessão pela venda, pois acreditamos na qualidade do nosso produto”, disse o empresário, que uma vez chegou a dispensar um possível representante do Sul, “nos preocupamos com quem vai lidar com o nosso produto. Teve um casal que chegou atrasado nos primeiros dias de curso e eu os dispensei e devolvi o dinheiro”, falou Kasai.Segundo Jorge Kassai o plantio vem de cidades como Ribeirão do Pinhal (PR), cerrado mineiro, e Alta Mogiana (SP). “Nós plantamos, colhemos, secamos, beneficiamos, classificamos, selecionamos, torramos, fazemos a composição, que é chamada de blend, empacotamos e vendemos, portanto cumprimos todo ciclo produtivo do café. Os nossos produtos já estão na Suiça, Alemanha e França, como atacado, e em breve, também estaremos no varejo do comércio do Japão, em Tókio, com uma cafeteria Kassai Café”, comentou o empresário, que possui duas cafeterias parceiras em Curitiba, e uma das que apresenta maior compra, é a localizada no Mercado Municipal. Formação de mercado, mão de obra e de consumoO empresário Jorge Kasai também se preocupou em estruturar cursos para a formação de baristas, como são denominados os degustadores e especialistas. “Uma cafeteria basicamente é um local para encontro de amigos. Então este clima amistoso, de troca de informações, começa pelos atendentes. Quando começamos tivemos dificuldade em ter mão de obra que soubesse trabalhar com café, pois encontrei empresários donos de cafeteria que não sabiam como se produzia café. Portanto, como eu vou vender uma máquina e o meu produto, que é diferenciado, se as pessoas nunca experimentaram uma bebida gourmet?”, questionou Jorge, que informou ainda, sobre o retorno a longo prazo do investimento, “eu também disponho informações passo a passo de como abrir uma cafeteria, que não tem retorno imediato. E é um mercado surpreendente. Uma das regiões que mais vendemos o gourmet é em Manaus, e outras localidades de temperaturas altas”, destacou Kasai. EmpreendedorismoAo se conversar com o empresário Jorge Kasai, além da segurança que ele possui ao falar sobre empreendedorismo, nota-se a tranqüilidade em se expor quanto às atividades empresarias, ao contrário de outros japoneses e descendentes que são mais recatados. “Eu não tenho problema em falar de negócios pois preciso gerar mercado. Pessoalmente eu trago uma cultura que é da minha família e que passa para os meus filhos, como o foco na vida não ser apenas o dinheiro, mas a felicidade. Ao contrário de outras pessoas que falam em ficar longe da família, para mim, quanto mais perto melhor. No Kassai Café trabalham diretamente cerca de 20 pessoas e indiretamente outras 20 pessoas, e quase todos da família. Hoje quem menos faz falta na empresa sou eu, pois se eu não estiver, a empresa anda sozinha”, comparou Jorge.A família Kassai é formada pelo pai Jorge, a esposa Erlaine, e os filhos Fábio (médico), Paulo (barista), que possui dois filhos, e Renato (universitário em oceanografia). Na empresa de São José dos Pinhais colaboram irmãos, primos e sobrinhos, e no plantio no norte do Paraná, alguns primos. “O meu pai, Kaniti Kasai, de 87 anos, e a minha mãe, Nobuco Kasai, 82 anos, vieram do Japão em 1935, para a cidade de Lucélia, em São Paulo, e em 1951 eles se mudaram para Mandaguaçu, no Paraná, onde montaram um bazar que funciona até hoje no município”.
Segunda geração Kassai CaféDos filhos do empresário Jorge Kasai, Paulo Kasai, de 30 anos, é quem atua diretamente na empresa. Sobre a cultura japonesa ele considera uma mística a questão do sucesso profissional estar ligado à inteligência. “Japonês não trabalha mais do que outras pessoas, mas é mais persistente, cuidadoso e detalhista, portanto adquire muita experiência e consegue trabalhar com menor possibilidade de erro, e essa dedicação é algo bacana que levo para os meus filhos pequenos. O Ricardo Yudi, de 7 anos, por exemplo, que joga beisebol, é muito dedicado, pois ele executa nos treinos e jogos o que o técnico dele orienta”, comentou Paulo.
Gostaria de parabenizar o blog por mostrar pessoas de Mandaguaçu que se destacam no senário nacional e, também por lembrar de pessoas que nunca foram lembradas para nada, como é o caso da família Kassai, pioneiros de Mandaguaçu que merece todo nosso respeito e admiração. Parabéns
ResponderExcluirÓtima reportagem... só faltou colocar a fonte de onde ela foi copiada.
ResponderExcluirgostei da materia,mais vamos por noticias da cidade tbm gente,kd o romulo? kd o gargatini? o povo quer saber.E o indio?
ResponderExcluirO Gargantini, aposto que tá trabalhando como sempre fez, o Indio também. Agora o Romulo deve estar fazendo o mesmo de sempre...NADA.
ResponderExcluirTrabalhei com Jorge Kassai no Banco do Brasil em Cianorte.Morávamos na mesma República e eu viajava todos os dias p/estuda Direito na UEM.Hoje, estou parado, depois de me aposentador como "advogado credenciado do INSS". Se o Kassai me der serviço, quero trabalhar. Abraços. Ele se lembra de mim, com certeza. Antonio Carlos Monteiro- Maringá -44-8407-0164 ou antcarmonteiro@hotmail.com.
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