terça-feira, 18 de agosto de 2009

VENENO RETIRADO DE MANDAGUAÇU SERÁ INCINERADO NO RIO DE JANEIRO

Cerca de 22 toneladas do agrotóxico, que é proibido no país, serão transportadas para Belford Roxo nesta semana. Governo lançou campanha estimulando entrega do veneno
As quase 22 toneladas do agrotóxico BHC que foram retiradas nos últimos dias de Mandaguaçu, a 20 km de Maringá, serão incineradas até o final da semana em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. O veneno, que é proibido no Brasil há 24 anos e estava enterrado em propriedades rurais do município, foi embalado em tambores e ficou temporariamente guardado na sede do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC).
O transporte será feito por dois caminhões. Um deles já foi carregado na manhã desta terça (18), com auxílio da Cooperativa Cocamar. O outro deve ser carregado nesta quarta (19). O chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Paulino Mexia, informa que a incineração será feita na empresa Haztec Tecnologia e Planejamento Ambiental, que é certificada pelo órgão ambiental fluminense para a tarefa.
O agrotóxico estava enterrado em 42 propriedades rurais de Mandaguaçu e foi retirado na última semana em cumprimento à Lei N° 16082, sancionada em abril deste ano, que dá prazo até novembro para que os agricultores declarem a existência do BHC na propriedade. O governo estadual lançou nesta terça uma campanha para estimular a retirada do veneno. (leia box ao lado).
"O produto estava guardado, mas os agricultores não podem usá-lo. Então era um transtorno, sem contar o risco que esse material ofeceria aos produtores", diz secretário de Agricultura de Mandaguaçu, João Aparecido Saes.
Em 7 de julho, quatro toneladas de BHC que estavam enterrados há 20 anos na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Maringá, também foram retiradas. O material foi incinerado em Taboão da Serra (SP).
O veneno
O BHC é um inseticida, cuja sigla vem do nome inglês Benzene Hexachloride, usado no combate de pragas na lavoura. O BHC foi bastante usado nas lavouras de café no Paraná, sobretudo na década de 80.
Em contato com o homem, ele causa danos irreversíveis ao sistema nervoso central. A absorção pelo organismo pode ocorrer por via oral, respiratória ou pelo simples contato com a pele. Entre os sintomas de contaminação estão convulsões, dores-de-cabeça, tremores e arritmia. Em casos mais graves, o veneno pode levar a vítima à morte.


Extraido do Portal RPC
Foto: Douglas Marçal (O Diario Maringá)

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